Os suplementos nutricionais e vitamínicos têm apresentado um consumo crescente em vários países devido à sua grande publicidade sobre supostos benefícios à saúde.
A agência governamental que regula os medicamentos nos Estados Unidos (Food and Drug Administration - FDA) lançou recentemente um alerta sobre o uso combinado de suplementos e medicação.
Na classificação de suplementos dietéticos estão incluídos, além das vitaminas e minerais, outras substâncias como herbais, amino-ácidos, fitoterápicos, enzimas e extratos animais. Geralmente estes compostos não necessitam, para entrar no mercado, de pré-aprovação da FDA quanto à sua segurança e efetividade. Mesmo que alguns desses suplementos sejam mais conhecidos e com uso estabelecido há mais tempo, a maior parte necessita de estudos mais profundos para o entendimento do seu funcionamento e eficácia. Além disso, muitas vezes é confuso o discernimento entre o que é um alimento, um suplemento ou um medicamento sem receita.
Neste informativo o FDA alerta que tomar vitaminas e outros suplementos juntamente com medicação pode ser perigoso. Alguns suplementos podem aumentar o efeito da medicação e outros podem diminuir esse efeito. Isso ocorre porque certos suplementos podem alterar a absorção, a metabolização ou a excreção do medicamento, alterando desta forma a sua potência e eficácia.
Por exemplo, remédios para AIDS, para depressão, para o coração e mesmo pílulas anticoncepcionais, podem ter a sua eficácia reduzida se a pessoa faz uso da Erva-de-São-João, também conhecida como Hipericão. Dependendo da medicação envolvida, o resultado negativo pode ser sério. E, como esta, várias outras interações podem ocorrer entre medicamentos e suplementos.
A recomendação para evitar problemas de saúde, que podem atingir níveis graves, é consultar o médico para esclarecer os possíveis problemas com a ingestão de suplementos junto com remédios.
Referência Bibliográfica
-FDA Consumer Health Information / U.S. Food and Drug Administration OCTOBER 2014