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Há descobertas promissoras para o tratamento do Parkinson

Para os pacientes com Doença de Parkinson, que ocupa o segundo lugar entre as desordens neurodegenerativas mais frequentes, há o que se comemorar. 

A enfermidade, que começa a se manifestar por volta dos 60 anos e é mais comum entre os homens, afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular e alterações de marcha e equilíbrio. 

Pesquisadores da Universidade de Northwestern e do Centro Médico Weill Cornell, ambos nos Estados Unidos, e do Instituto de Biomedicina de Sevilha apresentaram um estudo promissor com camundongos que pode beneficiar quem se encontra num estágio avançado da doença. Nessa fase, o tratamento com a substância levodopa, que aumenta a quantidade de dopamina – neurotransmissor que ajuda a aliviar os sintomas do Parkinson – não apresenta a mesma eficácia. 

A nova terapia modificou geneticamente cobaias tendo como alvo a área do cérebro chamada substância negra, que é crucial para o controle motor, e restaurou a capacidade dos neurônios da região de converter a levodopa em dopamina.

Na Universidade de Georgetown (EUA), os cientistas fizeram uma descoberta inesperada ao se deparar com o mau funcionamento da barreira hematoencefálica (BHE) em alguns pacientes com Parkinson. Essa barreira é formada por células endoteliais alinhadas com os capilares e forma uma estrutura que funciona como um “filtro”, permitindo a entrada de moléculas essenciais e dificultando que substâncias prejudiciais atinjam o sistema nervoso central e o líquido cefalorraquidiano. 

Nos casos analisados, a barreira tinha um comportamento anômalo: não deixava as toxinas saírem do cérebro e impedia os nutrientes de entrar. Num estudo com 75 participantes com Parkinson severo, eles foram tratados com a substância nilotinibe, normalmente utilizada em casos de leucemia mieloide crônica. 

Ao fim de 27 meses, a droga havia se mostrado eficiente em deter o declínio motor dessas pessoas, mas os cientistas ainda puderam festejar uma segunda descoberta. A análise epigenômica do líquido cefalorraquidiano dos indivíduos apontou que a nilotinibe também desativava uma proteína (DDR1) que era responsável por minar a capacidade da barreira hematoencefálica de funcionar corretamente. Quando a DDR1 era “neutralizada”, o “filtro” passava a funcionar e o nível de inflamação diminuía a ponto de o neurotransmissor dopamina voltar a ser produzido. 

Esse achado, publicado na revista científica “Neurology Genetics”, pode levar a um novo patamar de intervenção terapêutica. Na indústria farmacêutica, o que foi feito com a nilotinibe – testar medicamentos que já existem para avaliar sua eficácia contra outras doenças – chama-se reposicionamento de fármacos.

A Academia Norte-americana de Neurologia (AAN em inglês) divulgou recentemente uma atualização das recomendações da entidade para o uso de medicamentos dopaminérgicos – o documento anterior era de 2002. 

“Revisamos os estudos sobre a eficácia e os possíveis riscos dos medicamentos usados no manejo dos sintomas nos estágios iniciais da doença e avaliamos que, mesmo com os efeitos colaterais que toda droga apresenta, a levodopa é a melhor opção”, afirmou a médica Tamara Pringsheim, principal autora do trabalho. Ainda assim, a revisão feita pelos médicos da entidade fez a ressalva de que a levodopa tem mais chances de provocar discinesia (movimentos involuntários do rosto, braços, pernas ou tronco) nos cinco primeiros anos do tratamento. Para contornar o problema, a dose prescrita deve ser a mais baixa possível para chegar ao melhor custo/benefício.


Fonte : G1 Bem estar
Texto : Mariza Tavares - Jornalista, mestre em comunicação pela UFRJ e professora da PUC-RIO.
Foto : StockSnap para Pixabay - A Doença de Parkinson afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e alterações de marcha e equilíbrio

O que é melhor para a saúde, leite de vaca ou 'alternativos'?

Os humanos são os únicos seres vivos que bebem o leite de outra espécie. A maioria dos animais para de tomar leite ainda filhotes, quando começam a precisar de alimentos mais complexos.

Por que com os humanos é diferente?

As pessoas que vivem em partes do mundo onde as vacas foram domesticadas - começando no sudoeste da Ásia e se espalhando pela Europa - só passaram a serem capazes de digerir a lactose cerca de 10 mil anos atrás.

O resultado é que apenas cerca de 30% da população mundial continua produzindo lactase, a enzima necessária para ser capaz de digerir lactose até a idade adulta. O restante reduz sua produção após a fase de desmame da infância.

A maioria das pessoas torna-se intolerante à lactose, tornando os europeus que bebem leite, junto com algumas populações africanas, do Oriente Médio e do sul da Ásia, a exceção - e não a regra.

Mesmo aqueles que conseguem digeri-la podem querer reduzir a ingestão de leite por causa de outras preocupações, como saúde e os custos ambientais da pecuária, que têm impulsionado o crescimento do consumo de alternativas ao leite de vaca.

Mas existem benefícios para a saúde de trocar o leite de vaca por outra bebida, ou o leite de vaca fornece nutrientes vitais que não podemos obter de outras fontes? E o leite realmente agrava a intolerância à lactose da maioria das pessoas?

O leite de vaca é uma boa fonte de proteína e cálcio, além de nutrientes, incluindo vitamina B12 e iodo. Ele também contém magnésio, que é importante para o desenvolvimento ósseo e para a função muscular, e soro e caseína, que desempenham um papel importante na redução da pressão arterial.

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido recomenda que crianças entre um e três anos consumam 350 miligramas de cálcio por dia, o que significa pouco mais de meio litro de leite.

Mas quando se trata de adultos, as pesquisas sobre o efeito do leite de vaca são conflitantes.

Embora o cálcio seja necessário para manter os ossos saudáveis, não está claro se uma dieta rica em cálcio aumenta a resistência a fraturas, por exemplo.

Vários estudos não encontraram redução significativa no risco de fratura por beber leite, enquanto alguns indicam que o leite pode, na verdade, aumentar a probabilidade.

Uma pesquisa realizada na Suécia descobriu que mulheres que bebiam mais de 200 mililitros de leite por dia - menos de um copo - apresentavam maior risco de fraturas. Nesse caso, entretanto, os autores ponderaram que as descobertas não necessariamente indicavam uma relação de causalidade. Pode ser que pessoas mais propensas a fraturas tendam a beber mais leite, alertam.

Mas o cálcio é crucial durante a adolescência para o desenvolvimento da força óssea, diz Ian Givens, especialista em nutrição da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Se você não tem o desenvolvimento ósseo correto na adolescência, corre um risco maior de ter fraqueza óssea mais adiante na vida, principalmente mulheres após a menopausa, quando perdem os benefícios do estrogênio", diz Givens.

Preocupações com a saúde

Outra preocupação com o leite nas últimas décadas são os hormônios que ele tem.

As vacas são ordenhadas durante a gravidez, quando seus níveis de estrogênio aumentam 20 vezes. Embora um estudo tenha vinculado esses níveis de estrogênio ao câncer de mama, de ovário e uterino, Laura Hernandez, que estuda biologia da lactação na Universidade de Wisconsin, nos EUA, diz que a ingestão de hormônios através do leite de vaca não é motivo de preocupação.

Afinal, "o leite humano também contém hormônios - faz parte de ser um mamífero", diz ela.

Uma revisão mais recente de estudos que investigam se a quantidade de estrogênio consumida via leite é prejudicial não encontrou motivo para preocupação.

Os pesquisadores descobriram que os níveis de estrogênio só começam a afetar os sistemas reprodutivos dos ratos quando estão presentes em 100 vezes os níveis encontrados no leite de vaca. Os pesquisadores só detectaram um aumento nos níveis de estrogênio em camundongos fêmeas e uma diminuição dos níveis de testosterona em camundongos machos após a dosagem atingir mil vezes os níveis normais.

É muito improvável que os humanos sejam mil vezes mais sensíveis aos níveis de estrogênio no leite do que os ratos, diz o autor do estudo, Gregor Majdic, pesquisador do Centro de Genômica Animal da Universidade de Liubliana, na Eslovênia.

Estudos também descobriram uma ligação entre a ingestão de leite e doenças cardíacas, devido ao conteúdo de gordura saturada. Mas o leite integral contém apenas cerca de 3,5% de gordura, o semidesnatado, em torno de 1,5% e o leite desnatado, 0,3%. As bebidas sem açúcar feitas de soja, amêndoa, cânhamo, coco, aveia e arroz têm níveis mais baixos de gordura que o leite integral.

Em um estudo, os pesquisadores dividiram os participantes em quatro grupos com base na quantidade de leite que consumiam e descobriram que apenas aqueles que bebiam mais - quase um litro por dia - tinham um risco aumentado de doença cardíaca. A associação pode ser porque aqueles que bebem tanto leite não têm uma dieta saudável, diz Jyrkia Virtanen, epidemiologista nutricional da Universidade do Leste da Finlândia.

"Apenas uma ingestão muito alta de leite pode ser ruim, não há pesquisas sugerindo que a ingestão moderada seja prejudicial", diz ele.

Também é possível que aqueles com intolerância à lactose possam beber pequenas quantidades de leite de vaca. Alguns especialistas argumentam que sintomas adversos - como inchaço e cólicas estomacais - são uma resposta ao acúmulo de lactose no corpo, e cada indivíduo tem um limiar diferente antes de sentir os sintomas.

Christopher Gardner, cientista de nutrição do Stanford Prevention Research Center, na Califórnia, realizou um estudo comparando os sintomas de pessoas com intolerância à lactose quando bebiam duas xícaras de leite de soja, leite cru ou leite comum todos os dias. Ele descobriu que muitos deles não apresentavam sintomas graves.

"Descobrimos que a intolerância à lactose é menos uma dicotomia do que uma coisa gradual, e que muitas pessoas podem tolerar quantidades modestas de laticínios", diz ele.

A crescente demanda por alternativas

Embora existam muitas pesquisas analisando os efeitos do leite de vaca em nossa saúde, há menos pesquisas sobre alternativas ao leite.

Uma olhada no corredor de leite de qualquer supermercado sugere uma demanda crescente por essas alternativas, feitas com soja, amêndoas, castanha de caju, avelã, coco, macadâmia, arroz, aveia ou cânhamo. O ingrediente principal é processado e diluído com água e outros ingredientes, incluindo estabilizadores, como goma de gelana e goma de alfarroba.

O leite de soja é o melhor substituto para o leite de vaca em termos de proteína, pois é o único com conteúdo de proteína comparável. Mas as proteínas em bebidas alternativas podem não ser proteínas "verdadeiras", diz Givens.

"Pode ser uma proteína de qualidade substancialmente mais baixa que o leite, que é um ponto crítico para crianças e idosos em particular, que têm uma necessidade absoluta de proteína de alta qualidade para o desenvolvimento ósseo", diz ele.

Não há pesquisas que sugiram que possamos obter muita nutrição dos principais ingredientes dessas bebidas, diz Sina Gallo, cientista em nutrição do departamento de estudos nutricionais e alimentares da George Mason University, na Virgínia, EUA. Eles podem conter outros micronutrientes, ela acrescenta, mas você não obtém os mesmos benefícios de uma bebida de amêndoa que obteria se comesse amêndoas.

As alternativas ao leite geralmente são enriquecidas com os nutrientes que ocorrem naturalmente no leite de vaca, como o cálcio. Mas os cientistas não sabem se vitaminas e minerais enriquecidos nos dão os mesmos benefícios à saúde que os que ocorrem naturalmente no leite de vaca e afirmam que são necessárias mais pesquisas para estabelecer as consequências da adição de cálcio.

Nos EUA, no entanto, o leite de vaca é enriquecido com vitamina D, e as pesquisas sugerem que isso pode ter efeitos benéficos semelhantes ao obter a vitamina naturalmente da exposição ao sol.

No entanto, especialistas recomendam que não acreditemos que essas alternativas sejam iguais para crianças, diz a nutricionista Charlotte Stirling-Reed - mesmo quando fortificadas. "O leite de vaca é um alimento muito denso em nutrientes, e o leite vegetal enriquecido nem sempre cobre todos os nutrientes", diz ela.

Stirling-Reed argumenta que precisamos de orientações de saúde pública sobre se bebidas alternativas podem ser usadas como substituto do leite de vaca para crianças e idosos.

"Mudar as crianças do leite de vaca para outras bebidas pode gerar um problema de saúde pública, mas ainda não temos muita pesquisa sobre isso."

Também há preocupações sobre o que as alternativas ao leite contêm e o que elas não têm. Embora o leite de vaca contenha lactose, um açúcar que ocorre naturalmente, as alternativas ao leite geralmente contêm açúcar adicionado, o que é mais prejudicial à nossa saúde.

Decidir beber leite de vaca ou uma das muitas alternativas pode nos deixar confusos - em parte porque existem muitas opções. Escolher sua alternativa ao leite deve envolver analisar as informações nutricionais de cada uma e decidir qual bebida é melhor para você individualmente.

Alguém que não é intolerante à lactose, com alto risco de desenvolver osteoporose ou doença cardíaca, por exemplo, pode escolher o leite de vaca com baixo teor de gordura, enquanto alguém que se preocupa com o meio ambiente pode escolher aquele com o menor custo ambiental.

"Você pode decidir qual bebida combina com você e continuar a refinar sua dieta e tomar as decisões certas para o seu contexto", diz Gardner.

Qualquer que seja sua decisão, você não estará perdendo nutrientes vitais se seguir uma dieta equilibrada. Na maioria dos casos, um substituto pode ser usado no lugar do leite. "Embora não seja necessário evitar o leite, também não é necessário que bebamos leite", diz Virtanen.

"Ele pode ser substituído por outros produtos - não há um componente alimentar ou alimento absolutamente necessário para a nossa saúde."


Fonte : G1 Saúde
Foto : Shutterstock

Sofre para acordar? Saiba quais hábitos ajudam a criar uma rotina matinal.

Com o retorno ao trabalho presencial, cada vez maior,  acordar mais cedo voltou a ser uma necessidade para algumas pessoas. Nem todos, no entanto, se adaptam bem aos primeiros horários da manhã, como indivíduos mais vespertinos – que preferem dormir e acordar mais tarde, seja por uma questão comportamental ou genética. 

Embora o ideal seja adaptar a rotina ao ritmo do organismo, existem hábitos que podem ajudar quem precisa ficar mais desperto e ativo logo cedo. 

Confira as dicas, segundo Luciane Mello, médica do Instituto do Sono. 

Não extrapole no fim de semana A segunda-feira é o pior dia da semana para uma pessoa vespertina, que costuma dormir e acordar tarde no sábado e domingo. Para entrar no ritmo de trabalho depois da folga, ela precisa se adaptar à rotina a cada começo de semana. 

“Dificilmente este indivíduo conseguirá dormir mais cedo que o hábito dele. Então, sempre vai se privar de sono. O ideal é ter mais cuidado no fim de semana para não chegar aos extremos dos horários. Precisa seguir uma rotina para não sofrer ao longo da semana”, recomenda a especialista.

Aproveite a luz do sol

Quando acordar, abra a janela e deixe o sol entrar. Se não puder, tente buscar a luz solar no caminho para o trabalho. Segundo Mello, essa exposição é um aviso para o cérebro que já é dia, e isso faz com que o organismo pare de produzir o hormônio melatonina, responsável pela regulação do sono. 

“O que ajuda a despertar e a manter um ciclo circadiano de 24 horas mais adequado”, explica. 

Se a pessoa quiser se manter alerta e ativa, não deve se trancar em um quarto escuro pela manhã.

“Causa um atraso maior de ritmo, piorando, inclusive, a condição de início do sono mais adiante”, alerta a especialista. 

Movimente-se pela manhã, mas não à noite Praticar atividade física pela manhã faz com que a temperatura do corpo aumente e deixa a pessoa, consequentemente, mais alerta e preparada para as atividades do dia. Se for ao ar livre, sob o sol, melhor ainda. Para os vespertinos, em caso de dificuldade para dormir cedo, é importante evitar se exercitar à noite. Isso porque, para induzir o sono, é preciso que a temperatura do corpo reduza, o que pode demorar após uma ida à academia. 

Cronobiologia: acerte os ponteiros do seu relógio biológico Soneca pós-almoço permitida

Tirar um cochilo de 20 a 40 minutos ajuda a amenizar o sono de quem se levantou cedo demais. 

“É o tempo ideal para ser revigorante e melhorar a produtividade depois do almoço, que é o pior momento de sonolência, por conta do processo metabólico”, explica a especialista. 

Mas não ultrapasse esse intervalo. É importante respeitar o tempo para não prejudicar o sono noturno, principalmente nas pessoas com distúrbios ou dificuldade de dormir cedo. 

Cafeína na dieta 

Se as dicas anteriores não fizeram efeito, a cafeína pode ser incluída. 

“Café, chá preto, chá mate e chocolate pela manhã faz acordar porque são estimulantes do sistema nervoso central. O indivíduo sonolento se beneficia do uso”, afirma Luciane. 

Já no período da tarde, a especialista sugere tomar o último café no máximo seis horas antes do horário em que a pessoa costuma dormir, para não prejudicar o sono noturno. Esse é o tempo de durabilidade do efeito da bebida, diz a médica

Melatonina 

O organismo produz, naturalmente, a melatonina – hormônio que serve como regulador e indutor do sono. Essa produção, realizada pela glândula pituitária, começa quando o sol se põe ou quando o corpo percebe a queda da luz e entende que deve se preparar para dormir. Acompanhar esses horários de nascer e pôr do sol ajuda a ir para a cama mais cedo e acordar mais disposto na manhã seguinte. Há ainda a melatonina em formato de suplemento, que pode estimular a produção natural, mas não é indicada a todos. 

“Deve ser usada na hora correta, por volta de duas horas antes do horário em que a pessoa habitualmente dorme, para antecipar o início do sono. É também usada para organizar e acertar o ciclo em indivíduos com distúrbio do ritmo, que trocam o dia pela noite”, explica a especialista. 

A administração deve ser prescrita exclusivamente por um especialista. 

*Esse conteúdo foi publicado originalmente pela Agência Einstein.

Fonte : Revista Veja Saúde
Texto : Alexandre Raith, da Agência Einstein 
Foto : Bruce Mars/Unsplash/Divulgação 

Cuidados com a alimentação na praia

Com o verão, as visitas à praia ficam mais frequentes e não podemos deixar de nos cuidar e planejar alguns lanchinhos. Assim, cai o risco de cairmos em ciladas quando bate aquela fome entre um mergulho e outro. 

Além de tentar fugir de opções muito gordurosas e ricas em açúcar, devemos ficar atentos em relação às questões de higiene e à procedência dos alimentos para, assim, evitarmos contaminação ou uma infecção alimentar. 

Separei algumas dicas de lanches fáceis para você levar de casa e conseguir manter o equilíbrio: 

Frutas 

As versões in natura são sempre uma ótima escolha. Banana, melão, melancia, uva, maçã, entre outras, são opções que podem ser levadas picadas em potes ou inteiras, já bem lavadas e secas. O ideal é armazenar em bolsas ou caixas térmicas. Além de saborosas, elas refrescam e ajudam a manter a hidratação.  

Sanduíches naturais 

Eles dão uma saciedade maior no momento da fome. Podem ser feitos com pão de forma, sírio, francês ou bisnaguinha e recheados com frango ou atum em lata. Evite o uso de ingredientes que podem estragar com altas temperaturas, como ovo, maionese e molhos em geral. Tenha o cuidado de preparar os lanches no dia em que serão levados à praia. Embale-os em papel alumínio. Eles podem ser consumidos em até duas horas após a montagem se forem armazenados em bolsas térmicas. Se guardar em caixas térmicas com gelo, aí dá para comer em até quatro horas. 

Vegetais 

Caem muito bem como snacks. Pepino ou cenoura podem ser cortados em formato de palito – se preferir, tem a versão baby. Tomatinhos cereja também são de fácil consumo e armazenamento. O famoso milho cozido vendido por ambulantes pode ser feito em casa e levado já preparado, evitando, assim, o perigo de contaminação. Cabe lembrar que todos os alimentos levados à praia devem estar devidamente lavados, higienizados e secos, além de armazenados em potes de vidros, bolsas ou caixas térmicas. 

Mix de oleaginosas e frutas secas 

Podemos preparar um combo com castanhas, nozes, amendoim e frutas secas. Resistentes ao calor, as oleaginosas podem ser colocadas em saquinhos fechados e levadas na bolsa sem ocupar muito espaço. Dê preferência às versões que não têm sal. 

Caso não seja possível o preparo desses lanches, veja algumas orientações para nortear o consumo de alimentos vendidos nas barraquinhas: 

Na compra do milho verde, certifique-se de que o alimento está imerso em água fervente e evite o excesso de sal e manteiga. 

Água de coco é uma ótima escolha pois possui poucas calorias, auxilia na hidratação e ajuda e repor a água e os sais minerais perdidos através do suor durante um dia quente. Só se atente à higiene do manipulador. 

Os sucos de frutas naturais – sem adição de açúcar – também são ótimas pedidas na hora de se refrescar. No caso do açaí, a melhor escolha seria consumir a polpa natural da fruta, sem xarope e sem adição de açúcar. Mas isso é bem difícil de ser encontrado nos quiosques de praia. Então, a dica é pegar leve nos acompanhamentos. Escolha sempre frutas in natura e granola – preferencialmente, sem açúcar. Fuja dos ingredientes açucarados, como leite em pó e leite condensado. 

O picolé é um dos alimentos mais comprados na praia, sobretudo devido ao calor. Dê preferência aos de frutas, que possuem uma menor quantidade de calorias e gorduras, e são mais refrescantes. 

Caso opte por tomar um drinque à beira-mar, tenha em mente que as bebidas alcoólicas costumam ter um alto teor de açúcar e calorias e, além disso, geram um alto nível de desidratação no corpo. Opte por drinques sem açúcar e consuma com moderação. 

E não esqueça jamais da sua principal aliada no verão: água! Ela é hidratante, o que é ótimo para os dias quentes. O ideal é consumir, no mínimo, dois litros por dia – mas pode ir além dessa quantidade, especialmente por causa da perda de líquidos por meio do suor. Para tomar o dia todo, leve sua garrafinha a tiracolo. 

Não esqueça do protetor solar; E aproveite a curtição!


Fonte : revista Veja
Texto : Lara Natacci
Foto : Gardie Design & Social Media Marketing/Unsplash/Divulgação