(Foto - Nozes na Frita) |
Na menina o início da puberdade é caracterizado pela primeira menstruação, evento chamado de menarca. Uma série de fatores influencia este processo, desde condições metabólicas até aspectos psicossociais.
A idade da instalação da puberdade em meninas pode variar conforme o balanço destes fatores e estudos epidemiológicos têm associado o adiantamento da puberdade em meninas com um maior risco para depressão e câncer de mama no futuro.
Apesar de pesquisas demonstrarem que alterações metabólicas produzidas pela ingestão de refrigerantes podem potencialmente modificar a instalação da puberdade, uma associação direta entre ingestão de refrigerantes com a idade da menarca ainda não havia sido investigada. Agora, em um estudo publicado esta semana na revista científica Human Reproduction, esta associação direta foi analisada.
A pesquisa consistiu de um estudo prospectivo com o acompanhamento, por um período de 5 anos, de mais de 5500 meninas de 9 a 14 anos que ainda não tinham menstruado no início do estudo. O consumo de bebidas adoçadas foi avaliado por meio de questionários regulares e assim como a data da primeira menstruação.
A tabulação dos resultados e sua análise indicou que as meninas que ingeriam mais que uma porção e meia por dia de bebidas adoçadas tiveram um adiantamento na menarca de quase 3 meses quando comparadas com as meninas que ingeriam duas porções ou menos por semana. Este achado foi independente do índice de massa corporal (relação entre peso e altura), quantidade de alimento ingerida ou quantidade de exercício praticado pelas participantes.
Apesar deste estudo não ter capacidade de provar uma relação de causa-efeito, alguns mecanismos fisiológicos podem ser sugeridos para explicar esta associação. O principal deles é que bebidas adoçadas (refrigerantes, sucos de frutas adoçados e chás em lata ou caixa) têm um alto índice glicêmico que causa um aumento rápido das concentrações de insulina. A insulina é um hormônio regulador metabólico que atua também como um modulador de hormônios sexuais. Desta forma, o contínuo aumento da insulina produzido pela ingestão regular deste tipo de bebida poderia servir de estímulo para os hormônios que controlam a função reprodutiva.
O controle da ingestão de bebidas adoçadas é um fator modificável no estilo de vida que traz repercussões positivas na promoção da saúde, principalmente em crianças e adolescentes.
Referência Bibliográfica
-Human Reproduction, Vol.0, No.0 pp. 1 -9, 2015 - doi:10.1093/humrep/deu349
Apesar de pesquisas demonstrarem que alterações metabólicas produzidas pela ingestão de refrigerantes podem potencialmente modificar a instalação da puberdade, uma associação direta entre ingestão de refrigerantes com a idade da menarca ainda não havia sido investigada. Agora, em um estudo publicado esta semana na revista científica Human Reproduction, esta associação direta foi analisada.
A pesquisa consistiu de um estudo prospectivo com o acompanhamento, por um período de 5 anos, de mais de 5500 meninas de 9 a 14 anos que ainda não tinham menstruado no início do estudo. O consumo de bebidas adoçadas foi avaliado por meio de questionários regulares e assim como a data da primeira menstruação.
A tabulação dos resultados e sua análise indicou que as meninas que ingeriam mais que uma porção e meia por dia de bebidas adoçadas tiveram um adiantamento na menarca de quase 3 meses quando comparadas com as meninas que ingeriam duas porções ou menos por semana. Este achado foi independente do índice de massa corporal (relação entre peso e altura), quantidade de alimento ingerida ou quantidade de exercício praticado pelas participantes.
Apesar deste estudo não ter capacidade de provar uma relação de causa-efeito, alguns mecanismos fisiológicos podem ser sugeridos para explicar esta associação. O principal deles é que bebidas adoçadas (refrigerantes, sucos de frutas adoçados e chás em lata ou caixa) têm um alto índice glicêmico que causa um aumento rápido das concentrações de insulina. A insulina é um hormônio regulador metabólico que atua também como um modulador de hormônios sexuais. Desta forma, o contínuo aumento da insulina produzido pela ingestão regular deste tipo de bebida poderia servir de estímulo para os hormônios que controlam a função reprodutiva.
O controle da ingestão de bebidas adoçadas é um fator modificável no estilo de vida que traz repercussões positivas na promoção da saúde, principalmente em crianças e adolescentes.
Referência Bibliográfica
-Human Reproduction, Vol.0, No.0 pp. 1 -9, 2015 - doi:10.1093/humrep/deu349