Pois agora, um recente estudo realizado na Austrália revela dados que podem contribuir enormemente para a prevenção de doenças cardíacas em mulheres. Os pesquisadores observaram, desde 1996, mais de 32 mil mulheres subdivididas em 15 diferentes grupos de idades, sendo o subgrupo mais jovem de 22 a 27 anos e o mais velho de 85 a 90 anos. As mulheres nasceram em diferentes períodos, de 1921 a 1926, de 1946 a 1951 e de 1973 a 1978.
O estudo analisou os quatro maiores fatores de risco para doenças cardíacas na Austrália - hipertensão, tabagismo, excesso de peso e sedentarismo - juntos, estes fatores são responsáveis por mais da metade das doenças cardíacas no mundo todo. A análise se concentrou na melhoria dos padrões de saúde com a ausência ou retirada de cada fator de risco, individualmente (nunca ter fumado ou manter peso ideal, por exemplo).
As mulheres do subgrupo mais jovem (22-27 anos) são as que mais fumam (28% do total), e isto aumentou o risco cardíaco em 59%. A proporção de fumantes se reduziu muito nos subgrupos mais velhos, chegando a 5% nas de 73-78 anos. Por sua vez a inatividade física vai aumentando dos 22 aos 90 anos. A conclusão dos pesquisadores é que nas mulheres acima dos 30 anos, até o final do 80s, o sedentarismo, individualmente, é o maior responsável pelas doenças cardíacas. Eles estimam que 150 minutos de atividade física por semana reduziria drasticamente o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, poupando milhares de vidas de mulheres anualmente. Nas mais jovens o tabagismo é o principal fator de risco.
Mulheres: Está claro que para viver mais e melhor, segundo as tendências atuais, o mais importante para as com menos de 30 anos é não fumar, e as com mais de 30 ter uma atividade física regular para o resto da vida.
Autor: Dr. Gilberto Sanvitto - ABC da Saúde
Referência Bibliográfica
-British Journal of Sports Medicine Online -May 8, 2014 - doi:10.1136/bjsports-2013-093090
Foto : Divulgação