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Parar de trabalhar é bom mas pode não fazer bem para a saúde

Muitas pessoas acalentam o sonho da aposentadoria onde o parar de trabalhar representa o justo descanso de uma longa jornada que, para a grande parte, começou muito cedo na vida. Outros tantos querem continuar trabalhando, mas o mercado não absorve trabalhadores com idade mais avançada. 

A temática da relação entre envelhecimento, aposentadoria e saúde vem sendo bastante estudada devido, principalmente, ao rápido aumento da expectativa média de vida da população.

Avançando no entendimento deste tema, foi publicado na edição de setembro da revista científica Preventing Chronic Disease um grande estudo realizado nos Estados Unidos, que teve como objetivo avaliar parâmetros de saúde comparando pessoas em idade de aposentadoria que continuaram trabalhando com as que pararam de trabalhar. A pesquisa analisou dados coletados de mais de 83 mil pessoas com 65 anos ou mais durante o período de 1997 a 2011. Foi examinada a associação do estado de saúde com a situação ocupacional dos indivíduos.


O resultado da pesquisa revelou que estar sem trabalhar, seja por desemprego ou aposentadoria, está associado com um maior risco de problemas de saúde. O estudo demonstrou ainda que, entre os que trabalhavam, aqueles que tinham maior atividade física no trabalho apresentavam um risco menor de ter a saúde comprometida. Isto pode sugerir que a atividade física regular devido à natureza do trabalho serve como um protetor contra doenças. No entanto, deve-se ter em conta que este tipo de pesquisa não estabelece relação causal entre eventos associados e uma interpretação possível dos resultados é que os indivíduos que têm boa saúde continuam a trabalhar “no pesado”, enquanto os que têm saúde debilitada são encaminhados para serviços mais leves ou param de trabalhar.

Mesmo sem conseguir chegar a uma conclusão definitiva o estudo apresenta uma grande consistência na associação entre estar trabalhando e melhor estado de saúde. Mesmo para pessoas com alguma doença crônica, a atividade física e o engajamento social (que está associado a um melhor desempenho mental), são fatores que contribuem indubitavelmente para uma melhor saúde.

Deve ser considerado também que trabalhadores mais velhos produzem um efeito positivo no ambiente de trabalho, pois, em geral, são tão produtivos quanto os jovens, porém são mais cuidadosos e emocionalmente mais estáveis, qualidades estas que podem superar uma eventual limitação provocada por uma doença crônica.

ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

-Preventing Chronic Disease – DOI:http//dx.org/10.5888/pcd12.15004





Como evitar a perda de massa muscular causada pela idade

Um dos principais fatores que produzem limitações físicas na pessoa que vai envelhecendo é a redução generalizada de massa muscular. Este fenômeno ocorre por atrofia e por redução do número de fibras musculares (processo este chamado de sarcopenia) e é responsável pela perda de força na musculatura esquelética (aquela responsável pelos movimentos voluntários do corpo) o que por sua vez leva a problemas de equilíbrio e quedas. Apesar de pouco perceptível em adultos mais jovens, este processo tem início entre os 30 e 40 anos de idade. Nas duas ou três décadas seguintes a força continua a diminuir e a musculatura vai atrofiando. A qualidade de vida vai diminuindo proporcionalmente.

Este tema vem ganhando maior interesse nos últimos anos devido ao aumento da expectativa média de vida da população com o consequente crescimento da proporção de idosos. Algumas estratégias têm sido utilizadas para diminuir o efeito do envelhecimento sobre a massa muscular, como a prática de exercícios contra resistência (como a musculação) e abordagens nutricionais. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos moleculares que produzem a fraqueza e a atrofia muscular da idade, principalmente por ser um processo crônico e cumulativo, ao contrário das atrofias agudas produzidas por jejum, doenças sistêmicas ou ausência de atividade da musculatura.

Uma nova contribuição foi dada recentemente para o entendimento deste processo com a publicação de resultados de uma pesquisa na revista científica Journal of Biological Chemistry. Um grupo de cientistas investigou, em um modelo animal, os mecanismos moleculares da fraqueza e atrofia muscular da idade e possíveis intervenções sobre estas condições. Para isto utilizou dois compostos encontrados na natureza que estimulam a síntese proteica em cultura de fibras musculares, o ácido ursólico, presente na maçã, e a tomatidina, presente no tomate verde (a maior concentração está na casca destas frutas). Estes compostos foram adicionados na ração de camundongos velhos por dois meses. Após este período foi feita a avaliação da massa e da força muscular comparando os animais que receberam os compostos na dieta com os que não receberam.

Os resultados demonstram que os animais que receberam os compostos reverteram tanto a atrofia quanto a fraqueza muscular produzidas pela idade. Um dos mecanismos propostos pelos pesquisadores é a ação dessas substâncias inibindo um fator de transcrição (ATF4) que seria um dos responsáveis pela redução da massa muscular.

Este estudo, além de esclarecer alguns aspectos envolvidos com a atrofia muscular da idade, fornece subsídios para a prevenção e o tratamento desta condição.

Enquanto aguardamos novos estudos em humanos que comprovem esta possibilidade, não custa nada comermos uma maçã e um tomate verde após a musculação!



Texto e Foto : ABC Saúde


Referência Bibliográfica

- Journal of Biological Chemistry - jbc.org/cgi/doi/10.1074/jbc.M115.681445

Exercícios elimina as dores e ajuda a dormir melhor.

Você deve estar achando que esta desanimado ou achando que está perdendo o ritmo. Alguns dias fica dormindo mal. Isso tudo se dá ao sedentarismo. Quer dormir melhor?Não sentir mais dores nas pernas ou coluna? Então veja como fazer isso. 

Botar o corpo para suar melhora a qualidade do sono. Essa constatação, já bastante aceita pelos especialistas, foi consolidada por um trabalho da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Os cientistas identificaram as práticas esportivas mais comuns entre 429 110 adultos e as relacionaram com o tempo de repouso de cada um. Os achados dão pouca margem para dúvida: caminhada, musculação, ioga, natação, ginástica aeróbica e várias outras modalidades, em comparação com o sedentarismo, estavam mais associadas a um descanso de sete ou oito horas por noite, índice considerado ideal para a maioria da população.
Mas espere um pouco! 

Antes de sair correndo por aí, temos algumas orientações que vão ajudar a embalar o sono. São elas:

1. Estabeleça uma rotina: o corpo gosta de seguir uma agenda. Dentro do possível, exercite-se em horários semelhantes ao longo da semana.
2. Aperte um pouco o passo: é engano pensar que só atividades leves nos tranquilizam. Elevar a intensidade junto a um expert melhora o sono.
3. Concentre-se no esporte: esqueça o trabalho e as preocupações por um momento. Foque na prática, no ambiente e nos colegas de treino.
4. Alongue-se após a agitação: nada de esticar muito, não. A tática serve mais para relaxar a musculatura e os tendões.

Agora, veja os fatores que dificultam o pregar dos olhos:

1. Ingerir cápsulas estimulantes: esses suplementos, muito utilizados para turbinar os exercícios, contêm substâncias que nos deixam elétricos por horas.
2. Extrapolar os próprios limites: o exagero nos enche de adrenalina, que afasta o sono. De quebra, traz dores que fazem qualquer um ficar rolando na cama.
3. Levar o esporte muito a sério: o estresse proveniente da cobrança por vitórias e eventuais discussões deixam o cérebro a mil por hora.
4. Não seja um atleta de fim de semana: é necessário ter uma regularidade. Além de sessões isoladas quase não oferecerem vantagens, elas elevam o risco de lesões.


Fonte : Revista Saúde é Vital
Foto   : Alex Silva Revista Saúde é Vital