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+Cuidado : Comportamento sedentário como assistir TV demais está associado a um maior risco de câncer


A rotina diária das pessoas tem mudado muito nos últimos anos, com um aumento do tempo que a pessoa fica sentada no trabalho, principalmente no computador, e em casa nas horas de lazer, assistido TV, navegando na internet e jogando no computador ou vídeo-game. Evidências científicas sugerem que estes comportamentos sedentários compõem um fator risco independente para doenças crônicas (diabete, obesidade e doenças cardíacas) e mortalidade. Entretanto, nenhum estudo havia, até então, analisado o efeito desses comportamentos sobre o risco de câncer.

Um novo trabalho, publicado recentemente na revista científica Journal of National Cancer Institute, aborda especificamente o tempo assistindo TV, tempo sentado em outras atividades de lazer, tempo sentado no trabalho e o tempo médio total sentado durante o dia, e a relação com o risco de diferentes tipos de câncer. Os pesquisadores compilaram dados de 43 estudos observacionais já publicados e fizeram a análise do conjunto de resultados dos estudos individuais combinados, sobre os quais empregaram um tipo de tratamento estatístico chamado de meta-análise. O total incluiu 68.936 casos de câncer de um universo de participantes que, somados, atingiu cerca de 4 milhões de pessoas.

O resultado apresentou uma associação consistente entre o número de horas sentado durante o dia com um risco aumentado de câncer de cólon, de endométrio e de pulmão.

Os que ficam mais tempo sentados têm um risco 24% maior de desenvolver câncer de cólon, e 32% maior de endométrio, quando comparados com os que ficam menos tempo sentados durante o dia. Para cada 2 horas de tempo sentado o risco de câncer aumentou em 8% para cólon, 10% para endométrio e 6% para pulmão. Importante também o resultado de que o efeito foi independente da atividade física regular, ou seja, esta associação acontece mesmo nos indivíduos que têm atividade física, mas passam muito tempo sentados durante o dia. O exercício não compensa o efeito do tempo sentado.




Dos diferentes tipos de sedentarismo, o que apresentou maior relação com câncer foi o de assistir TV (risco 54% maior para câncer de cólon e 66% de endométrio), provavelmente porque durante este tempo as pessoas ingerem bebidas doces e comem alimentos industrializados, fatores que aumentariam o risco.

Estes dados indicam que, referente ao risco de câncer, o simples fato de levantar-se e dar uma pequena caminhada (mesmo dentro da sala) durante a jornada de trabalho e reduzindo as horas de lazer que o indivíduo fica sentado, principalmente assistindo TV, são estratégias que podem prevenir o desenvolvimento destas doenças

+Perigo : AIDS cresce entre brasileiro diz pesquisa na ONU. Saiba como se prevenir


Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que os novos casos de infecção pelo HIV caíram 38% nos últimos doze anos no mundo, mas cresceram 11% nos últimos oito anos entre os brasileiros. De acordo com dois especialistas ouvidos pelo site de VEJA, os dados referentes ao Brasil merecem atenção.

"Os jovens hoje não viram a epidemia que aconteceu há trinta anos e se esqueceram da importância de usar o preservativo. Precisamos trabalhar com eles, especialmente com os homossexuais, e fazer com que a sociedade permita que eles exerçam sua sexualidade de forma segura", diz Georgiana Braga, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).

Para o infectologista Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da USP e médico do Hospital Sírio-Libanês, as estratégias de combate à aids sempre podem melhorar. "Uma campanha de camisinha no carnaval não atinge todos os públicos. É preciso ter políticas para grupos específicos, como homens que fazem sexo com outros homens e profissionais do sexo", afirma.

Crescimento relativo — Com relação à comparação com o resto do planeta, os dois especialistas concordam que os dados devem ser relativizados. "A queda global aconteceu principalmente em regiões como a África Subsaariana, que estava atrasada em relação à redução da epidemia de aids. O Brasil já havia apresentado essa diminuição entre o fim dos anos 1980 e o começo dos anos 1990", afirma Georgiana Braga.

Já Esper Kallás diz que, enquanto alguns países africanos têm prevalência de infecção por HIV de 12%, no Brasil a estimativa é de 0,4%. "O nosso combate mais efetivo contra a doença aconteceu há mais tempo, então não podemos dizer que o Brasil vai de mal a pior, mas sim que a epidemia enfrenta diferentes fases de acordo com cada país".

Público de risco — Estima-se que, atualmente, cerca de 720.000 brasileiros vivam com infecção pelo vírus da aids, número que representa quase metade dos casos da América Latina e 2% do total registrado no mundo. Em 2013, aproximadamente 15.000 pessoas morreram no Brasil por complicações da doença, 7% a mais do que em 2005.

De acordo com o relatório da ONU, a maior prevalência de novas infecções pelo HIV na América Latina aconteceu entre os homossexuais. No Brasil, 11% dos homens gays vivem com o vírus da aids.

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que homossexuais passem a tomar antirretrovirais para prevenir o contágio do vírus. De acordo com a entidade, esse grupo tem um risco dezenove vezes maior de ser infectado do que o resto da população. A indicação de antirretrovirais para evitar a doença ainda não é permitida no Brasil. Segundo Esper Kallás, mais estudos são necessários para que a abordagem seja incluída na prática clínica.

No Brasil, a campanha Atitude Abril, idealizada pela Editora Abril, usa a informação como estratégia para combater o crescimento da epidemia de infecção pelo vírus da aids. Por meio de revistas, sites e redes sociais, a campanha discute com o público específico de cada veículo diversos aspectos da doença, do científico ao social. A iniciativa também inclui a campanha publicitária “Desinformação tem cura”, que conta com o apoio de personalidades como Neymar e Anderson Silva.

A campanha realizará uma pesquisa sobre o conhecimento da população brasileira em relação à aids, o comportamento sexual das pessoas no país e as principais barreiras que a doença impõe aos doentes atualmente. O levantamento está sendo feito pela internet e qualquer pessoa pode participar.

Para Georgiana Braga, fazer com que informações sobre a doença cheguem ao público ajuda a combater o HIV por melhorar a conscientização sobre formas de prevenção da infecção; incentivar as pessoas a fazerem o teste que diagnostica o vírus, ampliando o acesso ao tratamento; e ajudar a reduzir o preconceito da sociedade em relação à doença. "O mais interessante da campanha Atitude Abril é falar com um público-alvo específico, pois a linguagem usada por um adolescente é diferente da de uma dona de casa. Isso ajuda as pessoas a entenderem melhor a doença e a mudar comportamentos", diz Georgiana.


COMO SE PREVEIR? CAMISINHA

Mesmo que muitas coisas já tenham sido ditas sobre o seu uso, as pessoas ainda são resistentes a fazerem da camisinha um hábito.

Ninguém vem com um rótulo de segurança máxima, assim, mesmo em relações consideradas estáveis, seu uso é fundamental na prevenção de várias doenças sexualmente transmissíveis, pois mesmo quando não há sintomas visíveis, são potencialmente contagiosas. É certo que AIDS não tem cara. Se antes havia grupo de risco, hoje não há mais. Atualmente o maior grupo de risco existente é aquele que se acredita imune.

Temos por hábito esquecer que o parceiro tem passado e que as doenças têm janelas imunológicas. Não podemos deixar de lado as consequências do sexo desprotegido. Esse é um assunto de saúde pública. Há dúvidas sobre quem batizou a camisinha. Há quem acredite que o nome condom é devido a uma homenagem ao Dr. Quondam, que com bastante sucesso em 1685 inventou uma camisinha com tripa de animal. Outros dados históricos mostram que o nome vem do latim (condus) que significa receptáculo.

O certo é que a camisinha não é uma invenção nova. Aparece na história da sexualidade antes mesmo de Cristo. Já foi feita de linho, de pele, intestino de diferentes animais e de bexiga de cabra. A camisinha de tripa de boi, por exemplo, foi usada até 1870, quando foi fabricado o preservativo de borracha pelo inglês Charles Goodyear: grossos, reaproveitados, pouco aderentes, desiguais e caros. Pouco tempo depois, no final do século 19, o látex surgiu, permitindo um aspecto mais fino e confortável, parecida com as que são utilizadas hoje em dia. Na década de 60, acabou em desuso pela invenção do anticoncepcional oral feminino, mas em 90 ele retorna devido à epidemia de AIDS. Vale lembrar que as doenças venéreas recebem esse nome devido à crença antiga de que era um castigo da deusa do amor, Vênus.

A forma de preservação contra elas mais conhecida e utilizada é o preservativo de látex masculino capaz de formar uma barreira física entre o pênis e a vagina. Eles podem ser lubrificados ou revestidos de espermicidas. Existe uma variedade de marcas, tamanhos, cores e texturas. Com ele, diferentemente dos outros métodos, os homens podem se encarregar na prevenção de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e gravidez. Como é um método de anticoncepção ocasional, seu uso pode ser interrompido em qualquer momento. Não apresenta efeitos colaterais hormonais e há homens que garantem que ela ainda ajuda a controlar a ejaculação.

Há também a opção da camisinha feminina: uma bolsa de plástico com um anel leve e flexível em cada extremidade, que se adapta à vagina, resguardando o colo do útero e genitália externa. Assim como a masculina impede a passagem do esperma pelo do trato genital feminino e deve ser usada somente uma vez.

É mais cara do que a masculina e vem em embalagem com duas unidades e sua eficácia na prevenção de DSTs e gravidez é menor do que a camisinha masculina. As vantagens no seu uso são que a camisinha feminina pode ser posta antes da relação sexual e não precisa ser retirada imediatamente após a ejaculação. Não é feita de látex, é mais resistente e para mulheres que se queixam de alergia a camisinhas masculinas essa pode ser uma alternativa.

Independentemente de amar e ser amado, é preciso ter carinho consigo e usar camisinha. Ao compartilharmos afeto é essencial a prevenção de qualquer mal. Sexo inconsequente e sem segurança é irresponsabilidade com o outro e consigo.

É preciso deixar de lado o preconceito, e entender a necessidade da conscientização e democratização do seu uso. Sexo é responsabilidade e saúde. E para isso, algumas coisas não podem ser deixadas de lado.

E lembre-se: camisinha é descartável. Sua vida não.

+Cientistas descobrem diagnóstico precoce e simples para Alzheimer


O Mal de Alzheimer poderá ser, a partir de agora, diagnosticado de forma precoce e confiável, graças a novos marcadores biológicos, segundo um estudo feito por um grupo internacional de neurologistas. O estudo foi publicado na revista britânica "The Lancet Neurology".

Após nove anos de trabalho, os cientistas definiram e validaram novos critérios para diagnosticar esta doença neurodegenerativa em plena expansão. O Alzheimer afeta 40 milhões de pessoas no mundo e previsões indicam que em 2050 o número de doentes terá triplicado.

A doença começa geralmente com transtornos de memória, seguidos de problemas de orientação espacial e temporal, transtornos de comportamento e perda de autonomia. Mas esses sintomas não são específicos do Alzheimer apenas e a doença "não podia ser diagnosticada até agora de forma segura em um estágio precoce", explicou o professor Dubois.

Era necessário, geralmente, esperar que a doença evoluísse para a demência ou que o doente morresse para poder examinar as lesões que ele tinha no cérebro. Após analisar os estudos publicados sobre o tema, os cientistas chegaram a um consenso de diagnóstico do Alzheimer, com dois perfis clínicos específicos.

Os casos típicos (80% a 85% dos casos) se caracterizam por problemas de memória episódica de longo prazo (lembrança voluntária de fatos), enquanto nos casos atípicos (15% a 20% dos casos) são encontrados transtornos da memória verbal ou de comportamento.

Punção lombar é marcador biológico


Cada um desses perfis, segundo os cientistas, deve ser confirmado por pelo menos um marcador biológico. Trata-se de uma punção lombar que mostra o nível anormal de proteínas cerebrais no líquido cefalorraquidiano ou de uma tomografia por emissão de pósitrons (TEP) do cérebro, um exame de imagem que permite visualizar a atividade dos tecidos.

Embora por enquanto não haja tratamento eficaz contra o Alzheimer, a detecção confiável e precoce deve facilitar a pesquisa, afirmou Dubois.

Esses trabalhos permitiriam aos pesquisadores se dar conta de que muitos diagnósticos estabelecidos segundo os antigos critérios estavam errados, entre eles 36% dos falsos doentes de Alzheimer incluídos em um teste terapêutico anterior.

Fora da pesquisa, o uso de marcadores biológicos se limita atualmente a pacientes jovens ou a casos difíceis, pois a técnica é cara e invasiva.