Ou pouco se sabia! Na última semana foi publicada online uma pesquisa na revista científica JAMA Internal Medicine. O objetivo do estudo foi investigar a associação entre o consumo de grão integrais na dieta e o risco de mortalidade.
Os dados foram obtidos de dois grandes estudos de longo prazo onde mais de 118 mil pessoas foram acompanhadas de 1986 a 2010. Os participantes preenchiam questionários sobre a sua ingestão de grãos integrais a cada 2 a 4 anos.
Os resultados mostraram uma clara evidência que nos grupos que ingeriam maior quantidade de grãos integrais a mortalidade no período foi menor, chegando a ser 33% menor nos grupos de maior ingestão quando comparados com os de menor ingestão. Estes resultados permitem inferir que uma dieta rica em grãos pode colaborar para a saúde e extensão do tempo de vida.
As razões que levam os alimentos integrais a serem mais saudáveis estão associadas à composição dos grãos e a alteração desta composição produzido pelo refino quando ocorre a industrialização. Um grão integral é composto de três partes: a casca ou pericarpo, que dá origem ao farelo, o germe e o endosperma. A casca é rica em fibras que torna a digestão mais lenta, impedindo aumentos bruscos do açúcar no sangue. Além disso, tanto a casca quanto o germe contém um grande número de vitaminas, minerais, nutrientes e antioxidantes. Estima-se que o refinamento dos grãos, que ficam sem a casca e o germe, produz uma perda de 25% da proteína e 17 nutrientes contidos no grão integral.
Um fator adicional no benefício à saúde é que a ingestão de grãos integrais produz uma sensação de saciedade, o que diminui a ingestão calórica total e colabora decisivamente para o controle do peso.
Sendo assim, arroz integral, quinoa, aveia, farinha integral e seus alimentos derivados são ótimas opções para uma vida longa e com boa saúde.
Referência Bibliográfica
-JAMA Internal Medicine January 05, 2015. doi:10.1001/jamainternmed.2014.6283